
5 anos ago · Gilberto Mattielo
Não deixe o sonho morrer!
02 de novembro para muitos é um dia de oração; de homenagens aos que já partiram.
Lá em casa, quando criança, significava ausência de algazarra, de gritaria e de brigas entre os irmãos. 24 horas de calma e reflexão, em que, mesmo criança, o pensar sobre a finitude da vida acabava se fazendo presente.
A morte de Ayrton Senna foi a primeira experiência intensa de sofrimento pela perda de alguém, no caso, um ídolo. E como doeu para aquele menino de 12 anos.
Menos de 3 meses depois, vibrei de imensa felicidade com o tetracampeonato da seleção… Porém logo veio a tristeza quando ao final da partida colocaram o tema da vitória que marcava as do Senna. Enquanto eu acendia e explodia bombinhas sozinho na frente de casa em comemoração, chorava em silêncio lembrando daquela perda que doía tanto.
Pouco tempo depois veio a morte “real”, de meu avô materno, momento em que minha mãe se mostrou forte em frente ao meu quase desespero. Doeu de novo… Por um bom tempo.
Mais tarde ocorreram outras despedidas: demais avós, tios, amigos, outro ídolo (dessa vez do futebol). Algumas inesperadas, outras nem tanto. Cada qual com sua intensidade proporcional à proximidade e/ou envolvimento afetivo.
Muitos já perderam os pais, amigos por vezes se vão… Rezamos para que nunca aconteça com os nossos, mesmo sabendo que um dia partirão.
Excetuando-se as explicações religiosas que acalentam e procuram fornecer explicação, quão cruel pode ser considerada a morte, não é? Sonhos perdidos, planos interrompidos. Reconstrução para quem fica.
Mas e os sonhos que, em vida, deixamos morrer?
Enquanto crianças, até vai. Eu, por exemplo, sonhava em ser jogador de futebol, depois paleontólogo… Quantas crianças não sonham com as mesmas coisas? Astronauta, bailarina, ator/atriz de Hollywood também são bem comuns.
Ainda bem que crescermos e nosso senso crítico nos mostra o disparate que aquelas opções são diante de nossa ausência de habilidades. Outros, felizmente, persistem no sonho maluco e realmente se tornam algum daqueles profissionais com muito êxito.
E nossos sonhos depois de crescidos e mais conscientes?
Somos justos em abandoná-los diante da primeira dificuldade? Em continuarmos na nossa Matrix da cômoda zona de conforto?
Tenho certeza de que para muitos, aquela criança sonhadora de outrora tinha muito mais aspirações e era muito mais determinada em conseguir algo. Pois muito desejava… Realmente sonhava… E ao seu jeito, certamente vivia.
E você? Está vivendo o luto de sua própria vida, de seus próprios sonhos? Aonde você quer chegar?
Por dificuldades, todos passamos. Apesar disto, que tal resgatar algum sonho deixado de lado e o transformar em realidade?
Tags: morte, profissional, psicologia, realidade, sonhos Categories: Coaching, Psicologia